- O interior, o vazio interior: a batalha de Felix Jaehn pelo bem-estar psicológico
Muitos fãs ficaram surpresos com a notícia: "Lamento desapontar, mas estou temporariamente suspendendo todos os shows sem uma data definida", compartilhou Felix Jaehn no Instagram. "Estou me sentindo muito frágil para performar", admitiu Jaehn. Essa declaração foi inesperada, já que o artista celebrado havia falado anteriormente sobre lutas com a saúde mental e tranquilizado os fãs de que estavam se sentindo melhor.
Em uma entrevista de verão, Jaehn expressou confiança e um senso de autodescoberta. "Estou muito mais seguro. Me sinto mais enraizado e tenho uma compreensão mais clara de quem eu sou e do que quero", eles compartilharam. Há quatro meses, Jaehn se identificou publicamente como não binário. "Estou usando o nome Fee no momento, já que entrei na comunidade não binária e gostaria de ter um nome de gênero neutro", eles revelaram no programa "Doce e Picante". Eles também mencionaram que continuariam a produzir música sob o nome Felix Jaehn.
Felix Jaehn lutou com ataques de ansiedade desde o início de sua carreira. "Isso seria muito complexo para mudar. Mas quando me abordar, por favor, use Fee", eles sugeriram. Jaehn também expressou preferência pelo uso dos pronomes não binários "dey/den" em alemão, semelhante aos "they/them" em inglês.
Não está claro se a recente revelação sobre sua identidade intensificou os problemas de saúde mental. Em 2020, Jaehn falou sobre sofrer comentários homofóbicos. "Encontrei abuso verbal várias vezes devido à minha identidade queer. Infelizmente, isso também aconteceu recentemente", eles compartilharam. Em 2018, Felix Jaehn se declarou publicamente como bissexual pela primeira vez.
Em 2019, Felix Jaehn destacou a importância da saúde mental no talk show Markus Lanz. "Um aspecto frequentemente subestimado é nossa mente, nossos pensamentos. Eu realmente acredito que nosso bem-estar mental está diretamente ligado à nossa saúde física", eles declararam. O prodígio musical teve que aprender essa lição da maneira difícil. Após se tornar um fenômeno global aos 20 anos com o hit número um "Cheerleader", Jaehn não estava preparado para lidar com a fama repentina.
"Infelizmente, eu não consegui lidar quando aconteceu tão rápido", revelou Jaehn mais tarde sobre o sucesso. A turnê os levou pelo mundo, mas os problemas logo surgiram. "O pressão primeiro foi notada através de dores de cabeça e nas costas. Depois, vieram os ataques de pânico. Eu só saía para cumprir obrigações. Não iria nem ao mercado porque tinha medo de sair de casa", eles explicaram na entrevista de 2021 para a Stern. A solidão na turnê piorou seus problemas de saúde mental.
A meditação, às vezes por até três horas por dia, ajudou Jaehn a lidar. Eles também se envolveram em esportes, chuveiros frios e, às vezes, mantinham o telefone no modo avião. Em certo ponto, eles até buscaram refúgio em um mosteiro.
Agora, parece que Jaehn procurou ajuda profissional. "Não percebi a gravidade da minha dor até finalmente procurar ajuda especializada", eles compartilharam no Instagram sobre os cancelamentos de shows. No entanto, há uma luz no fim do túnel para todos os fãs: apesar da ausência dos shows, nova música ainda é esperada para ser lançada. Felix Jaehn anunciou isso no Instagram e agradeceu aos fãs pelo apoio.