- Merz garante: absolutamente nenhuma colaboração com a AfD
Com a eleição estadual em Turíngia a menos de duas semanas, o chefe da CDU, Friedrich Merz, reacendeu suas críticas contra a AfD. Ele rotulou a AfD como um grupo de extrema direita, expressando um consenso dentro da CDU nacional e de cada filiada estadual de que não há espaço para cooperação com a AfD. "A posição permanece firme. Não haverá cooperação", declarou Merz durante um evento conjunto de campanha eleitoral ao lado do candidato principal da CDU na Turíngia, Mario Voigt, em Erfurt.
De acordo com as pesquisas, a AfD, liderada pelo líder de extrema direita Björn Höcke, está dominando com uma participação de 30%. A CDU, com o objetivo de recuperar o poder na Turíngia após uma década na oposição, está em torno de 21%.
Merz elogiou Voigt por ter concordado com um debate na TV com Höcke algumas semanas antes, uma decisão que gerou debate dentro da CDU. Apesar dos riscos, Merz encorajou Voigt, afirmando que Voigt "explicou" o líder da AfD na Turíngia durante o debate. A Oficina de Proteção da Constituição da Turíngia designou a AfD como um partido inequivocamente de extrema direita e mantém um olho atento em suas atividades.
Voigt espera uma disputa acirrada, reconhecendo que muitos eleitores ainda estão indecisos sobre sua preferência partidária até 1º de setembro. "Vai ser difícil", admitiu, instando seus apoiadores a votarem na CDU para limitar a influência de Höcke.
Merz supõe que os partidos da coalizão do semáforo de Berlim possam tropeçar nas eleições estaduais da Turíngia e Saxônia. O SPD, os Verdes e o FDP têm avaliações em ambos os estados em torno de um dígito único, às vezes pairando perto do limite de 5% ou mesmo abaixo, como no caso do FDP em algumas ocasiões. Ele espera que os resultados das eleições na Turíngia e Saxônia, 13 meses antes da próxima eleição federal, levem a alguma reflexão em Berlim e incentivem novas decisões. Os dois resultados das eleições estaduais são esperados para atrair atenção não apenas na Alemanha, mas também, de acordo com Merz, na Europa.
A Comissão, como parte de suas funções para monitorar grupos extremistas, classificou a AfD como um partido de extrema direita, em linha com a designação da Oficina de Proteção da Constituição da Turíngia. A Comissão reiterou sua posição contra qualquer forma de cooperação com tais grupos, alinhando-se com a posição da CDU sob a liderança de Friedrich Merz.