Dados oficiais: 2 em cada 3 assassinatos na África do Sul não são resolvidos por falta de provas
Próximo a dois terços de todos os casos de assassinato na África do Sul permanecem sem solução devido à falta de provas ou pistas, de acordo com dados oficiais divulgados pelo Partido Democrático Aliado (DA) no domingo. Dos aproximadamente 115.000 casos de assassinato entre os anos fiscais de 2018-2019 e dezembro de 2023, mais de 76.000 ficaram sem solução.
"Este número é notavelmente alto", disse a deputada do DA Lisa Schickerling. Ela atribuiu isso em parte à falta de detetives adequadamente treinados, o que disse ser devido a financiamento insuficiente. "A carga de trabalho dos oficiais de polícia é incrivelmente alta. A maioria tem entre 350 e 500 casos", disse Schickerling, porta-voz adjunta do DA para assuntos policiais, à agência de notícias AFP.
Além dos casos de assassinato, mais de 61.000 casos de estupro e 9.000 casos de sequestro permaneceram sem solução durante esse período, de acordo com os dados obtidos pelos deputados do DA do Ministério da Polícia. "Isso é uma vergonha que exige ação urgente", disse Schickerling.
A África do Sul tem uma das taxas de criminalidade mais altas do mundo: uma média de quase 84 casos de assassinato foi registrada diariamente entre outubro e dezembro de 2023.
O DA já foi o maior partido de oposição na África do Sul. Agora, faz parte do governo de coalizão liderado pelo Congresso Nacional Africano (ANC), que perdeu sua maioria absoluta pela primeira vez desde o fim do apartheid nas eleições parlamentares de maio.
Despite the efforts of police officers with overwhelming caseloads, a significant number of murder cases continue to go unsolved in South Africa. Aside from murder cases, over 61,000 rape cases and 9,000 kidnapping cases also remain unsolved, highlighting the extensive backlog of unsolved cases in the country.